Marvel Studios | Em entrevista, Kevin Feige fala de conquistas

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Kevin Feige é um nome conhecido entre muitos de nós, fãs de cinema e cultura nerd. Em Hollywood, ele é uma das figuras centrais, se não for a figura central. Como presidente da Marvel Studios e produtor de muitos Blockbusters de super-heróis que surgem da versão cinematográfica da Casa das Ideias, ele é possuidor de um modelo de negócio que outros estúdios apenas tentam replicar com o mesmo sucesso.

O produtor de bilhões de dólares da Marvel participou de um episódio de um programa de Podcasts da Variety com a iHeartRadio, o Playback, em sua centésima edição. Os tópicos abordados passam pelos dez anos do estúdio de estrondoso sucesso que já nos trouxe Homem de Ferro, Vingadores, Pantera Negra e vários outros ícones da cultura pop atual.

“É quase inacreditável”

Perguntado quanto à trajetória deslumbrante, ele respondeu:

“É surreal. Por um lado, foi incrivelmente satisfatório. Por outro lado, é quase inacreditável de onde começamos. Houve dias em que eu não estava certo de que conseguiríamos ter Homem de Ferro nos cinemas. Houve outros em que pensei que Vingadores (lançado em 2012) era um sonho inalcançável. E ainda houve alguns após Vingadores em que pensei, ‘Bem, para onde vamos?'”

Refletindo sobre as direções tomadas nos variados filmes e gêneros no Universo Cinemático da Marvel (o chamado MCU), Feige falou sobre as experiências e os detalhes dos primeiros passos que levaram a tal sucesso:

“Acho que em um milhão de anos ninguém ativamente planejaria construir um estúdio da forma como a Marvel Studios foi construída, mas olhando em retrospectiva, foi notavelmente efetivo. Nós fomos trabalhar em quase todos os estúdios com exceção da Warner Bros. e da Disney, então fomos ver o funcionamento interno nos níveis mais altos e aprendemos incríveis lições do interior, modos que pensamos ser bons exemplos de como fazer um filme, e modos que talvez não eram tão bons. Então quando nós terminamos tomando vantagem da quebra dos mercados antes de 2008 e obtivemos o financiamento da Merrill Lynch (banco de investimento americano) — no qual Avi Arad e David Maisel reuniram e conseguiram meio bilhão de dólares para dez personagens — eu fiquei muito excitado, porque naquele ponto eu estava muito, muito pronto para ter a autoridade criativa.”

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Pantera Negra é um filme que, além de ser um sucesso de bilheteria estrondoso (1,347 bi, a segunda maior do ano no mundo inteiro) é também elogiado pela crítica e alvo de indicações para prêmios (3 para o Globo de Ouro, 2 para o Screen Actors Guild e 20 para o Critics Choice Awards). O produtor também falou sobre a forma como o filme atingiu apreço popular, refletindo as ações e qualidades do diretor, Ryan Coogler (Creed, Fruitvale Station: A Última Parada):

“Com o que Ryan estava fazendo, o que ele teve de dizer, e falando pelos membros da Staff com os quais ainda não tínhamos trabalhado antes, mas nos quais ele acreditava — ele chegou e nos surpreendeu nas considerações iniciais para conseguir o trabalho. Eles terem se apresentado e arrebentado a boca do balão da forma como fizeram é incrível. Tudo se resume a um cineasta que tem uma mão tão habilidosa em poder balancear algo que terá valor de entretenimento ao ser verdadeiro com a sua alma e com as questões que teve enquanto crescia.”

Possibilidades no gênero

O filme também permitiu para a Marvel a expansão dos subgêneros dentro da estética super-heróica. Para Feige, esses personagens dão meios de produzir um espectro inteiro de narrativas de filmes:

“A noção de um filme do tipo James Bond com um herói agradável, essa foi uma das primeiras inspirações que Nate Moore (executivo da Marvel) discutiu com Ryan. Eu não acho que a maior parte das pessoas vejam aquele filme e pensem no James Bond, mas você pode ver de onde parte daquela inspiração veio. Fazê-lo com um herói africano num país que nunca foi colonizado é somente mais excitante e faz disso mais único e especial.”

O próximo grande boom prometido à Marvel parece ser o retorno das propriedades que eram da Fox, como X-Men e o Quarteto Fantástico. Trabalhar com esses itens permitirá Kevin Feige voltar ao ponto de partida. Ele começou na companhia de Lauren Shuler Donner com o hit dos cinemas, em 2000, que provavelmente iniciou o movimento moderno de cinema de super-heróis: X-Men. Ele ainda não obteve o sinal verde tão esperado pelos fãs do seu trabalho, para utilizar à vontade os universos afastados por anos das mãos da Marvel. Porém, ele espera começar com isso muito em breve:

“Foi dito a nós que parece muito, muito bom, e poderia acontecer nos primeiros seis meses do próximo ano. A noção de personagens retornando é ótima. É legal quando uma companhia que criou todos esses personagens pode ter acesso a todos eles. É estranho não ter. Mas, em termos de realmente pensar nisso e planejar as coisas de verdade, ainda não começamos com isso ainda.”

É provável que falemos por todos ao dizer que aguardamos ansiosamente pelo retorno desses assets à Marvel. A qualidade de trabalho de Kevin Feige é enorme e fala por si só.

Fonte: Variety

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