Introdução
Assistir um filme de heróis geralmente traz consigo algumas perguntas básicas a se responder, como por exemplo: “O CGI está legal?”, “tem cenas épicas?”, “É mais um filme de Super-herói genérico?”. Tendo isso em mente, a gente se respalda e tenta exprimir nossas opiniões. Certo, mas por que falar disso? Por acaso não estou aqui para discorrer sobre Deadpool & Wolverine? Certo, Certo, é exatamente isso que tenho que fazer, mas comecei assim para colocar em pauta que esse longa não é um filme de heróis qualquer, pois trata-se de uma homenagem aos fãs dos personagens, tanto dos universos cinematográficos quanto dos quadrinhos, até mesmo a finada 20th Century Fox, ou seja, na minha concepção essas perguntas e respostas ficarão em segundo plano.
O Filme
Deadpool & Wolverine é mais um blockbuster Marvel com tudo aquilo que se tem direito. Aqui veremos humor, irreverência, muitas cenas de ação, às vezes, aquele CGIzinho grotesco, e de forma inédita no MCU BASTANTE VIOLÊNCIA (RISOS), ou seja, de tudo um pouco.
Para começo de conversa preciso dizer que adorei, ainda mais pela forma em como o longa respeita o legado dos atores, personagens e sentimentos dos fãs. Particularmente, me fez remeter há alguns anos atrás quando eu ia assistir filmes de heróis na estréia e saia extremamente satifeito, coisa que não tem sido muito recorrente dado o atual momento da Marvel nos cinemas, inclusive o próprio filme brinca com isso pelo menos umas duas vezes.
É um pouco complicado falar sobre Deadpool & Wolverine sem falar spoilers, no entanto, vou tentar resumir sem estragar a experiência do leitor. O início começa devagar, mas por incrível que pareça não é chato. A sequência de ação sanguinária animadas por uma música pop que está presente nos outros dois longas da franquia se repete aqui (inclusive é bem divertida), mas digo que é lenta, porque para o filme finalmente se caminhar para os outros atos demora um pouco pela inserções de alguns flashbacks que poderiam ser reduzidos, ou mais enxutos. No entanto, como estamos falando de um filme do mercenário tagarela, que inclusive brinca com o fato de que o público está acostumado com filme longo (risos), então podemos dar aquela passada de pano.
O segundo ato acontece se apoiando em diversas referências e homenagens, com uma certa dosagem de nostalgia, às vezes, de forma bastante apelativa, e é claro, se você é fã de quadrinhos e de heróis você vai gostar. Quando chegamos “aos finalmente” temos várias sequências de ação com um desfecho heróico para os dois personagens, e claro sem deixar de fazer piadas o tempo inteiro durante os acontecimentos. O que me deixa um pouco triste é que ao final do filme, não dá pra saber com exatidão se esses personagens voltarão em algum momento, se eles estão de fato no MCU ou se estão em sua linha do tempo original.
É importante frisar, estamos falando de Deadpool, um personagem em que a irreverência, a quebra da quarta parede e o humor são parte do seu cerne, então não vamos reclamar de ter piadinha o tempo todo no filme, PORQUE É UM FILME DE COMÉDIA, certo? Podemos seguir então para falar um pouco da direção e roteiro.
Direção, montagem e Roteiro
Vamos deixar claro mais uma vez: esse filme não se leva a sério, não foi feito para você, cinéfilo, ficar analisando minuciosamente cada detalhe de roteiro, fotografia e todo aquele bla bla bla, e tá tudo bem, certo? Dito isso, vamos em frente
Shawn Levy teve a missão de dirigir o terceiro longa dessa franquia de sucesso protagonizada por Ryan Reynolds (que também faz parte da equipe de roteiristas). Bom, apesar de todos os elogios a atuação dos personagens e ao timing do humor, eu diria que a direção do filme foi um tanto confusa em algumas partes, pois em alguns momentos é difícil se situar em que linha do tempo você está ou a qual delas você está se referindo.
Acredito que o sentimento que moveu o diretor, os roteiristas e os atores enquanto trabalhavam era fazer o público sentir muita nostalgia além das risadas, trazer de volta o feeling de ver aqueles personagens na telona, finalmente, juntos, além de homenagear demais o finado universo Fox, vocês verão nos créditos — nesse caso eles se saíram muito bem porque eu me senti assim o tempo inteiro. Apoiaram-se muito também em referências do mundo real, como burocracias de estúdios de Hollywood, filmes que nunca saíram, brincando com isso o tempo inteiro.
Personagens de Deadpool e Wolverine
Ryan Reynolds, Hugh Jackman retornaram as telonas reprisando seus papéis de sucesso e finalmente em um filme da Marvel Studios, é claro que não poderiam perder a chance de brincar com isso e aproveitarem ao máximo. Ambos fizeram o seu melhor, com bastante tempo de tela, com seus uniformes multi-coloridos, apertados, ( COM MUITA MADONNA) e cenas de ação excelentes a sinergia dos dois é incrível. Emma Corrin a interprete da vilã, Cassandra Nova Xavier também fez um excelente trabalho no que foi proposto, mostrando uma personagem poderosa e bem megalomaniaca… E bom, eu vou parar por aqui para evitar falar spoilers (risos).
Efeitos Especiais e Trilha Sonora
Como de praxe em um filme da Marvel, temos os seus momentos bons e ruins no que diz respeito a efeitos especiais, CGI e tudo mais, tem altos e baixos, por isso se for para classificar, diria que está em um nível “OK”. Já a trilha sonora está maravilhosa, mas não preciso falar muito já que antes do filme sair já sabíamos as músicas que estariam nele pela divulgação da foto abaixo.
Conclusão
Deadpool & Wolverine é um longa feito de fãs para fãs, sem muita pretensão em se mostrar relevante, que se apoia muito em referências e nostalgia para contar a história, te fará rir bastante no processo de se lembrar do passado e respeita muito o legado de Hugh Jackman no universo X-men, além de concluir com chave de ouro uma excelente trilogia do mercenário tagarela… Enfim, vamos comer um Shawarma?
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