As luzes do São Paulo Expo se apagaram, mas o hype deixado pela CCXP25 deve durar até o ano que vem. Encerrando sua 12ª edição nesta semana, o maior festival de cultura pop do mundo provou mais uma vez por que é parada obrigatória no calendário global do entretenimento. Ao longo de cinco dias de maratona geek, 284 mil pessoas cruzaram os pavilhões para conferir de perto o que há de mais quente em Hollywood, no streaming e na produção brasileira.
Se antes o evento lutava para trazer grandes estúdios, a edição de 2025 consolidou o Brasil como palco prioritário de lançamentos. Gigantes como Disney+, A24, Warner Bros., HBO Max, Marvel Studios e Prime Video trataram o público brasileiro com exclusividade, transformando o evento em uma extensão física das telas que amamos.
O Trovão de Hollywood e o Adeus aos Caçadores
O cobiçado Palco Thunder by Claro tv+ foi, mais uma vez, o epicentro dos gritos e lágrimas. A A24, queridinha dos cinéfilos, trouxe ninguém menos que Timothée Chalamet e o diretor Josh Safdie para revelar cenas inéditas de Marty Supreme, levando a plateia ao delírio.
Mas o termômetro da nostalgia explodiu mesmo com a celebração dos 20 anos de Supernatural. A saga dos irmãos Winchester mobilizou o fandom de uma forma avassaladora. Com o pacote “Road to Hell”, astros como Misha Collins, Kathryn Newton e Mark Sheppard não só participaram de painéis e karaokês, mas quebraram recordes: houve um aumento de 60% no volume de sessões de fotos e autógrafos em comparação ao ano passado. Foram 9 mil sessões vendidas, provando que o negócio da família continua firme e forte.
No front dos streamings, o público teve um gostinho do futuro com conteúdos exclusivos de The Boys, Fallout, o terror It: Bem-vindos a Derry e teasers pesados de Demolidor e O Urso. O elenco de Percy Jackson e os Olimpianos também marcou presença, reafirmando a força das franquias teen.
O Brasil no Centro do Palco
A CCXP25 também foi palco de uma ode à produção nacional. O momento mais tocante ficou por conta da homenagem a Selton Mello. Diante de um auditório lotado, o ator e diretor se emocionou ao revisitar sua carreira, lembrando que o prêmio é uma via de mão dupla: “Quando um artista é homenageado, ele é homenageado junto com o público”, declarou.
O cinema brasileiro mostrou força com o teaser de Só os Loucos Sabem, cinebiografia de Chorão, apresentada pelo ator José Loreto. A diversidade de formatos também brilhou: do fenômeno da internet Corrida das Blogueiras à versão brasileira do aclamado formato musical Tiny Desk, o evento abraçou a cultura pop em todas as suas vertentes.
Experiência Otimizada e Novos Universos
Quem caminhou pelo pavilhão notou a diferença. A organização redesenhou o fluxo, tornando a peregrinação entre estandes e ativações mais intuitiva — uma vitória para quem queria maratonar as mais de 300 horas de conteúdo sem perder as pernas.
E não foi só de filmes e séries que viveu a CCXP. O esporte invadiu de vez a cultura pop com estandes imersivos da NBA e painéis do UFC, além do anúncio da seleção brasileira na Kings League, mostrando que a torcida também é um fandom.
Para fechar com chave de ouro (e muita distorção), o Palco Creators & Gamers viu a banda Fresno lotar o espaço, transformando o evento em um grande coral de rock nacional, logo após dias de apresentações que incluíram Supercombo e Vitão.
O Coração do Evento: Artists’ Valley
Em meio aos grandes estúdios, o Artists’ Valley by Residiuum manteve-se como a alma pulsante do festival. Mais de 450 artistas, entre lendas e novos talentos, expuseram seus trabalhos. O destaque foi a homenagem ao mestre dos quadrinhos Mike Deodato, que celebrou sua trajetória ao lado de nomes internacionais como Nick Dragotta e Gerry Conway.
O Futuro é Logo Ali (e na Coreia!)
A CCXP segue seu plano de dominação mundial. Além das edições confirmadas no México (abril de 2026) e o retorno a São Paulo (de 3 a 6 de dezembro de 2026), a marca anunciou sua expansão para a Ásia: a primeira edição na Coreia do Sul está prevista para 2027.
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