Caros leitores! Lady Whistledown está de volta. A primeira parte da terceira temporada de ‘Bridgerton’ estreou na última quinta-feira, dia 16, na Netflix.
Baseada nos romances de Julia Quinn a série retorna com uma narrativa que, apesar de algumas falhas, mantém a essência que conquistou seu público desde a estreia. Nessa temporada o foco maior é no relacionamento entre Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton).
A trama continua a explorar outros núcleos familiares com eficácia. As casas Bridgerton e Featherington recebem novas dinâmicas, e temos ainda um destaque para a adaptação da família Mondrich à nobreza, um arco que pode agradar alguns e outros nem tanto. Mesmo assim esse arco traz um frescor necessário já que aborda temas diferentes dos habituais. No entanto, é Francesca Bridgerton (Hannah Dodd) quem se destaca, com sua história de debutante na alta sociedade. Ou seja, a série continua a explorar o mundo da alta sociedade londrina, com um toque contemporâneo e esteticamente deslumbrante.
Visualmente, ‘Bridgerton’ mantém seu padrão elevado. A direção de arte e a fotografia optam por uma paleta de cores claras e vibrantes, afastando-se dos tons sombrios típicos de dramas históricos. Os figurinos continuam a ser um ponto forte, um deleite para os telespectadores.
Pontos Fortes:
Desenvolvimento de Penelope e Colin: A relação entre Penelope e Colin, que evolui de uma amizade para um romance, é o centro emocional da temporada. Nicola Coughlan se destaca, trazendo à personagem uma profundidade e um carisma que cativam desde os primeiros episódios. Sua habilidade em transitar entre comédia, drama e romance é notável, e seu desempenho é amplificado pela excelente caracterização visual que reflete seu crescimento pessoal.
Fotografia e Direção de Arte: A série continua a deslumbrar com sua fotografia vibrante e direção de arte meticulosa. Ao contrário das produções de época tradicionais, “Bridgerton” opta por uma paleta de cores clara e vibrante, que dá um toque moderno à Londres regencial. Essa escolha estética não só embeleza a série, mas também complementa a narrativa fabulesca e os arcos de desenvolvimento dos personagens.
Arcos de Personagens Secundários: O terceiro ciclo dá destaque a novos núcleos, como a família Mondrich, que traz uma interessante subtrama sobre ascensão social e adaptação à nobreza. Essa adição diversifica a narrativa e enriquece o universo de “Bridgerton”, explorando temas de identidade e pertença.
Pontos Fracos:
Desenvolvimento de Colin: O personagem de Colin sofre com uma transição abrupta em sua personalidade, de um jovem inseguro a um libertino confiante, sem o desenvolvimento necessário para tornar essa transformação convincente. Luke Newton, embora tenha boa química com Coughlan, parece não se adaptar completamente a essa nova versão de Colin, resultando em uma performance que por vezes soa forçada.
Uso de Personagens Anteriores: Personagens centrais das temporadas anteriores, como Anthony (Jonathan Bailey) e Kate (Simone Ashley), aparecem mais como fan service do que como parte integral da trama. Sua rápida retirada de cena pode decepcionar fãs que esperavam uma continuidade mais substancial de seus arcos, mas essa parte faz sentido já que agora é a temporada de outro irmão.
Desafios Técnicos: Apesar do visual impressionante, a temporada enfrenta alguns tropeços técnicos, como problemas de ritmo e transições narrativas que podem parecer abruptas ou mal executadas, impactando a fluidez da história.
Como um todo “Bridgerton” mantém o que os fãs adoram: um romance envolvente, visuais deslumbrantes e uma representação moderna de dramas históricos. Os primeiros quatro episódios oferecem uma mistura equilibrada de drama, romance e comédia.
Por último precisamos falar sobre o pedido de casamento igual nos livros, um verdadeiro presente para os fãs desse universo. Capítulo 13 do livro:
“- Pelo amor de Deus, Penelope – disse ele, agarrando-lhe a mão e puxando-a para fora do veículo -, você vai ou não vai se casar comigo?”
A segunda parte estreia no dia 13 de junho, também em uma quinta-feira. Já podemos pular para junho?
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