JogadaDeMestre #03 | Hi-Fi RUSH (Review)

“A vida sem música seria um erro”

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Você conhece essa frase? Não? Bom, essa frase é de Friedrich Nietzsche, um dos filósofos mais famosos da história. OK, mas por que começar uma review de games com uma frase filosófica desse peso? Já lhe digo, é porque acredito não existir uma frase que defina melhor a alma do jogo Hi-Fi RUSH.

Se você acha que eu ainda estou exagerando, ou dando aquela “puxada de sardinha” básica, tudo bem, você tem esse direito, mas tenho certeza que ao longo dessa review, você vai compreender o que eu estou dizendo.

O JOGO

Hi-Fi RUSH é um game lançado em 2023 para Windows e Xbox series X/S, foi desenvolvido pela Tango Gameworks e publicado pela Bethesda Softworks. Este ano, foi lançado para PS5 junto a mais três jogos fazendo parte de uma nova estratégia da Microsoft.

O Título foi definido como um “jogo de ação e ritmo”. Quando você lê essas palavras fica tentando compreender do que se trata “mas meu amigo, todo jogo tem que ter isso“, sim, é compreensível que se pense assim apenas lendo a definição, porém ele vai muito mais além.

Trata-se de um game que mistura elementos de Hack N’ Slash (aquela categoria com métrica de golpes pesados e leves, combos num espaço aberto e tudo mais), jogos de plataforma, RPG e música, não do jeito convencional como estamos acostumados na trilha sonora e etc.

Essas características se sincronizam de uma forma muito dinâmica e a música é uma parte fundamental da gameplay, pois todas as ações se conectam a batida rítmica, exatamente como em um metrônomo. Ou seja, essa sincronia com melodia e ritmo não são só uma coisa jogada, que não faz diferença, na verdade, executar combos de acordo com a batida facilitam o avanço na partida porque o tornam mais poderoso, por exemplo.

Agora que sabe como Hi-Fi RUSH funciona, vamos falar um pouco sobre a história dele e como e por que usei a frase de Nietzsche (eu juro que faz sentido, ok?)

Chai, a Estrela do Rock

O protagosnista da história de Hi-FI RUSH é Chai, autointitulado “futura estrela do Rock”. Chai é um jovem que tem o sonho de ser um rockstar, porém tem um braço comprometido. Com isso, ele segue até a Vandelay technologies uma empresa que se vende como “a boa samaritana que ajuda os desvalidos” e se torna voluntário do “projeto armstrong”, que basicamente visa a mescla do humano com máquina tirando suas partes defeituosas. Obviamente,  Chai está lá para conseguir um novo braço, mas, por ironia do destino,  acabou tendo um Ipod fundido ao seu coração por acidente.

A partir daí, Chai passa a ver e ouvir o mundo sincronizado com a música, a príncipio achando isso um máximo, com seu braço de catador de lixo ele consegue usar magnetismo e fazer uma guitarra de engrenagens e peças velhas, mas a Vandeley não teve a mesma visão e começa a considerá-lo um defeito, um erro, que precisa ser extirpado. Chai se torna um fugitivo da empresa para se manter vivo e provar que não é só um pedaço de lixo. Nesse caminho ele se junta a Peppermint, Macaron, 808, um Psicólogo robô e ( bloqueado pelo sensor antispoiler) , com a missão de derrubar a Vandelay, pois descobre que a empresa tem fins malignos bem mais perversos.

Conforme as missões vão passando, o dito “erro” se mostra muito mais forte do que os inimigos imaginam e sobrepõe a todos eles, mostrando o poder que a música ligada ao seu coração tem. Entendeu o que eu quis dizer com a frase? haha

A Gameplay de Hi-Fi RUSH

Como já havia dito o jogo mistura vários estilos tornando-se algo novo e muito original. A príncipio, para quem não saca nada de música, ele pode parecer um desafio, mas não se preocupe com isso, pois o jogo é cheio de auxílios e estímulos visuais, que o fazem ser mega acessível e compreensível, inclusive para pessoas com deficiência auditiva, com um metrônomo visual embutido.

É possível comprar novos golpes especiais, combos e chips que o fazem mais forte, essa mecânica funciona bem; a cada fase, você aprende um novo movimento como esquiva, parry tudo para te preparar para ao problemas que virão a seguir. É importante ficar ligado a cada canto dos níveis, pois escondem muitos itens que te ajudarão na caminhada.

As fases são longas e mesmo assim você não vê a hora passar enquanto joga, ou seja, o dinamismo da gameplay o prende do início ao fim. Vale muito a jogatina.

Gráficos | Será que estou jogando um quadrinho?

Para aqueles que se ligam em gráficos mega realistas, esse jogo pode não parecer muito, entretanto, pode acreditar que é exatamente o contrário. A estética apresentada em Hi-Fi RUSH imita e emula quadrinhos, mangás e animações, com hachuras, balões, linhas cinéticas, onomatopéias e assim por diante.

Levando em conta a tendência, de uns anos pra cá, nos filmes animados, como Homem-Aranha No aranhaverso, Gato de Botas, Tartarugas Ninja: Caos Mutante e etc, que emulam quadrinhos, concept art entre outras coisas, certamente o game teve a mesma sacada de seguir num estilo de quadrinho animado, com animações fluidas, distorções de movimento para dar a ideia de velocidade entre outras coisas. Fica aqui estampado o meu agradecimento aos designers de games deste jogo, pois fizeram algo muito bonito, simples e bem feito.

OBS: As referências ao mangá JOJO Bizarre Adventures no personagem Zanzo, para mim, realmente foram um ponto fora da curva hahaha

Trilha Sonora

Não dá pra falar do jogo onde música é o foco principal sem falar de sua trilha sonora. O trabalho desempenhado pelo diretor de Hi-FI RUSH, John Johanas ao lado de grandes compositores como The Glass Pyramids, Shuichi Kobori, REO, Masatoshi Yanagi renderam ao game uma trilha épica com muita variedade musical. Não acredita? Nesse caso vou deixar aqui um link da trilha completa pra você, descrente, escutar.

Conclusão: E aí, Hi-Fi RUSH vale a Gameplay?

Se o que você busca em um game é uma história com diálogos divertidos, você vai encontrar isso aqui. Se o que quer é uma gameplay fluida que te desafie a cada combate, pode ter certeza que também temos. Tá certo, tá certo, você quer um jogo com uma trilha épica?  Opa, olha só que legal, também temos. Hi-Fi RUSH é um conjunto de boas escolhas funcionando perfeitamente, musicalmente falando, é melodia, harmonia e ritmo unidas guiando seus movimentos para a mais completa diversão.

NOTA: 10 / 10

Nós do O Mestre da HQ agradecemos a Bethesda e ao pessoal da FD Comunicação por fornecerem a key para nossa review, sem vocês não seria possível!

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