Na última terça-feira, dia 27 me aconteceu algo poderia ser normal para qualquer pessoa, Steven Spielberg me surpreendeu novamente. Ao começar a assistir Jogador N° 1 fui homenageado dentro de outra realidade; aquela da qual todo jovem nerd, que joga videogames, assiste a desenhos, e se entope de toda cultura pop disponível em sua volta vive. Jogador N° 1 não é um filme qualquer, não simples tampouco complexo, mas sim um grito de júbilo de toda uma geração de jogadores, leitores, e telespectadores da “Nerdosidade” existente no mundo.
Direção:
Como agradecer a um diretor que é mundialmente conhecido e tem o mundo em suas mãos? Eu não sei exatamente como, mas o meu sentimento por esse filme é gratidão total. Steven Spielberg não só acertou a mão em um filme ele equilibrou a história toda na medida certa entre cenas de romance, de comédia, até mesmo de suspense e terror ( como assim? Só vendo). Mas diria que o ponto mais forte da direção do filme é que ele se explica sempre, não deixando ninguém perdido na trama, e o filme se sustenta mesmo sem as milhões de referências colocadas em cada take do filme; Além de estar sempre em perfeito equilíbrio entre mundo real e o Oasis ( o mundo virtual).
Roteiro:
Roteiristas tem o poder de fazer a história ter ótimos começos meios e fins, e nesse filme isso acontece perfeitamente. Eu posso não ter lido o livro da qual o roteiro foi adaptado, mas como filme a história se manteve instigante, e o tempo todo nos fazendo sentir dentro da história.
Atuação:
Tye Sheridan (Wade Watts), Olivia Cooke (Samantha) e o grande Mark Rylance (James Halliday) são os destaques do filme em atuação. No entanto, não podemos deixar de lado o restante do elenco, que funciona perfeitamente, todos foram muito bem, dos personagens que dão toque emotivo até os alívios cômicos.
Trilha Sonora
Quando se trata de trilha sonora, tudo que John Williams bota a mão dá super certo. Em conjunto com Alan Silvestri, conseguem nos causar impacto mais do que satisfatório. Em momentos de tensão ela está lá, em momentos de aventura nos deixa animados, tudo isso sem perder a identidade. As músicas dos anos 80 utilizadas no longa nos dão a sensação de nostalgia mais completa dentro da história.
Efeitos especiais:
Os efeitos especiais do filme são muito bem produzidos. A transição de mundo real pra virtual as vezes só é perceptível pelos personagens do mundo virtual. O filme conta com uma cena de batalha épica, onde milhares de personagens da cultura pop criados por CGI são colocados juntos de forma gloriosa. O mais impressionante nisso tudo, é que tudo isso foi feito com um baixíssimo orçamento, provando mais uma vez que se querem fazer algo direito basta querer.
Pontos fortes e fracos:
Relutei bastante para pensar em algum tipo de defeito que o filme pudesse ter, mas não achei nada que fosse alarmante, ou até mesmo mínimo. Posso dizer que nem seria um ponto fraco, mas talvez para uma pessoa que não curta esse “universo” pode ser que o filme se torne desinteressante.
Portanto vou deixar uma dica de ouro. Se quiser ver o filme assista antes:
- Gundam
- O Iluminado
- De volta para o futuro
- O gigante de ferro
Conclusão:
Jogador N° 1 não é só um filme, ta longe de ser só um filminho pra crianças, mas sim diria que ele é um marco. Gerações antigas poderão se deliciar com as mais diversas referências de video game à filmes como de volta para o futuro, de músicas de bandas como Beegees a Twisted Sister; e as novas por sua vez, ficarem loucas de verem jogos de Halo à Overwatch na tela do cinema. Finalizando, pode-se chamar de uma obra prima, uma poesia jubilosa, uma ode a cultura pop.
Nota: 5 / 5